Máfia da areia já lucrou R$ 1,2 mi na extração ilegal em Camaçari.


A extração ilegal de areia no município de Camaçari rendeu, de janeiro de 2009 a dezembro de 2010, pelo menos R$ 1,2 milhão à quadrilha que atua no Loteamento Joia de Itacimirim, em Barra de Pojuca, segundo cálculos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Na região, onde opera um lucrativo esquema criminoso, vem ocorrendo tráfico de drogas, homicídios, desmanche de carros, invasões a areais de empresas legalizadas e ameaças de morte a moradores que denunciaram os crimes.
A ação criminosa se dá de forma organizada, com o auxílio de olheiros. São rapazes pobres e homens a bordo de carros luxuosos, equipados com telefones celulares, que monitoram a entrada do povoado de Barra de Pojuca e as estradas de barro do loteamento para alertar os bandidos sobre eventuais operações de fiscalização.
Na última quarta-feira, dia 10, ao deixar o loteamento, a equipe de reportagem de A TARDE cruzou com uma caminhonete Chevrolet Tracker (prata), de placa JPY-9007 (Salvador-BA), seguindo em direção ao areal clandestino.
O veículo está registrado em nome do estudante de direito Carlos Alexandre Jatobá, preso desde 5 de junho deste ano, no povoado de Sumaré, em Piritiba (a 315 km da capital), com uma pistola ponto 40, de uso restrito e mira a laser, mais três carregadores e 40 cartuchos intactos.
Qualidade da areia - A pedido do  A TARDE, o Núcleo de Tecnologia da Preservação e da Restauração da UFBA analisou a qualidade da areia coletada pela reportagem há uma semana. O mineral foi considerado apropriado para a utilização em concreto simples e armado.
O DNPM estima que foram extraídos de forma ilegal 118.189 m³ de areia no local, entre o início de 2009 e dezembro de 2010, o que equivale ao montante de R$ 1,2 milhão. O valor foi calculado considerando que um metro cúbico de areia é vendido a R$ 10.

Fonte: Atarde

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